sábado, 26 de abril de 2008

Ultimato e Bardocebar: Rock e Poesia na Mostra Sesc de música #16




A banda Ultimato e o artista Bruno Rocha & Bardocebar impressionaram o público que aplaudiu de pé o melhor do seu som na V Mostra de Música do Sesc.

Na noite da quinta-feira (24/04), quem prestigiou a V Mostra SESC de música se deparou com “uma pedra no meio do caminho”, isso mesmo, em meio a Grupos de MPB, escolas de música clássica e cantores muito conhecidos em Rondônia, os Beradeiros da Ultimato com uma forte presença de palco e suas musicas de protestos ambientais e governamentais entre elas a premiada “Cidade Sol”, uma reflexão sobre a violência e a corrupção e “Em cima da pedra”, contra a instalação das usinas hidrelétricas no Rio Madeira, impactaram o público e mostraram o melhor do ROCK.

Logo em seguida os carismáticos Bruno Rocha & Bardocebar do coletivo Beradeiros, com um estilo muito próprio, poético e novo de fazer MPB tocaram e cantaram “A Janis Joplin de São Tomé”, em um clima muito descontraído.

Bruno Rocha é o primeiro artista que esta tendo suas músicas produzidas pelo projeto e banda Bardocebar, e é muito conhecido no meio universitário e em bares alternativos, uma mostra disso foi a platéia ter cantado junto, a famosa composição..

PARTITURAS VOANDO

Em meio a toda energia, pulos, solos e um esbarrão do vocalista da Ultimato, Diego Bentes, foi a vez da partituras que faziam parte da estética do palco do voarem junto com a estante que as seguravam.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Prévia do Casarão #15

(divulgação)
No sábado aconteceu a prévia do Festival Casarão achei o evento bem democrático, um local bacana com dois ambientes um com Dj e outro com bandas.

A manauense Tetris abriu a noite, e tocaram muito, eles que antes eram um quarteto, agora estão em três ou como eles mesmo falam "power trio" fiquei sabendo que na verdade os cara iam fechar a noite.. mas que tiveram que viajar ainda na madrugada do sábado para o domingo (20/04).

Foi a primeira vez que vi a Banda de metal cristã Sanctify tocar, achei os caras bons, longe de mim querer avaliar alguém aqui, não sou uma crítica de rock nem tenho pretenção de ser. Você pode ficar sabendo mais sobre a banda no site http://www.sanctify.com.br/. Não "pude" conferir a Celula'tiva....é uma pena que nem todos os que tenham votado na banda para tocar no sábado tenham ido conferir..

A Banda Hey Hey Hey me impressiona a cada apresentação.. já havia comentado antes, que durante a apresentação deles na festa a fantasia organizada pelo CA de História da unir, eles haviam se superado.. mas acho que me enganei, os caras me surpreenderam novamente.. ouça o som da banda aqui http://www.myspace.com/bandaheyheyhey.

Fechando a noite tivemos uma inesperada apresentação de Hélio, Giovanni e Del, não digo coveiros porque o Iuri não estava, e digo inesperada porque não estava programado para eles tocarem na prévia, uma vez que o Hélio só chegaria em PVH de madrugada.. Pois o cara saiu direto do aeroporto para tocar na prévia! Isso é que é gostar de ROCK!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A década da educação #14

Em 2008 é fechado o ciclo da "década da educação" proposta colocada pela Lei de Diretrizes e Bases LDB que em 98 criou novos parâmetros para a educação, nos três níveis, para o Brasil. Segundo o que foi proposto nesse ano estaríamos em uma outra era da educação, ou pleo menos, entrando nela. Uma nova era onde o aluno sairia da condição de simples "acidente" e o professor deixaria de ser apenas um "funcionário" para ser um mentor, um exemplo (de cidadania e moral) enfim, uma nova peça dentro da nova forma de se fazer a educação (e não apenas ensino).
Isso aconteceu?
Acho que não preciso responder. Os meus agradecimentos vão para um congresso que não demora e não hesita em voltar seus esforços na elaboração e aprovação de Leis, que tem um enorme conhecimento do seu país em termos sociais e econômicos e que sabem como ninguém usar uma impecável lábia para conquista de seus objetivos (vide cassol pai defendendo cassol filho). Esse mesmo congresso que sabe usar de todos esses artifícios para defender apenas seus interesses e convencer muitos de que realmente estão fazendo algo (pelo que alías são muito bem pagos). Salvo algumas raras exceções...
É certo que a LDB trás alguns avanços, mas infelizmente eles são facilmente contornados, seja pela burocracia, seja pela má vontade política ou mesmo por aquela velha maneira de fazer as coisas, pelo caminho velho e mais fácil. Onde a Lei avança é deixado para os aplicadores o fazerem e para mesmo a sociedade cobrar, mas tropeça na inmovibilidade do funcionalismo público e na prática e na desvalorização dos professores. Quando fala em economia, salários, remuneração e cargas horárias a Lei é vaga, deixando a aplicação aberta a possibilidades que facilmente fogem do ponto principal, A EDUCAÇÃO. Propostas de novos modelos de formação passam pela dificuldade da consideração de uma nova avaliação, em que os próprios professores seriam avaliados.
Há também a quase inexistência de assunto voltado para a tecnologia moderna (informática) e a vaga expressão que substitui o professor formado por um com "aprendizado técnico prático na área".
Estamos atrasados não pela falta de ensino, mas sim por uma educação irreponsável e torta. É inconcebível para uma nação querer que seus alunos adquiram cidadania sem que seus mentores gozem dela vivendo com salários que beiram a piada e absorvendo o descaso que permeia as rachaduras nas paredes dos colégios.
por luiz antonio

domingo, 6 de abril de 2008

Piratas pesados e o circo encantado do pequeno monstro #13

Kórum, a pesada pirataria.
Não vou fazer aqui uma análise da festa Fantasiando a História II, promovida pelo Ca de história da UNIR. Quero apenas apresentar minha opnião sobre a apresentação de duas bandas; a Kórum e a HEY HEY HEY.


A kórum, que não sei quem são os integrantes todos, tem uma longa e tortuosa história. Com alguns anos de existem tem se apresentado pouco, mas sempre mostrando faces diferentes de seu som. Acho que a primeira vez que os assisti foi em 2006 no Mini festival Beradeiros, evento que foi como um concurso pelo qual se selecionaram bandas para o festival daquele ano. Ainda eram um power trio e o som que tocaram na ocasião era uma mistura de legião, nirvana e pearl jam, com vocais fortes e guitarras simples. Não se classificaram, talvez pelo preconceito do público para com a musicalidade leve e pop. Agora, alguns anos depois eles colocaram mais uma guitarra, essa muito mais pesada e suja, e incrementaram o instrumental com uma verve setentista. Justo por isso, como o novo e bem colocado guitarrista, a banda caiu (dentro) na minha preferência.

Mas isso não quer dizer que o caminho esteja terminado, na festa ocorrida ontem assisti pelo primeira vez a Kórum com a nova cara. Ainda parecem novos no palco, com um tom jovem e a sonoridade mais agressiva fizeram releituras das musicas próprias antigas, tornando-as mais "rock'n'roll" encaixaram covers dos 70's e brasileiros. Uma falta deles foi saber conduzir e encaixar as músicas numa seguência, em certos momentos ficou meio vago e monótono, mas isso só mostra que eles tem potencial, pois logo vinha uma porrada. Os piratas tocaram num bom momento da festa, conseguiram levar o público e mostrar sua mensagem. "somos todos" respondeu o vocalista Nildo quando alquém na platéia soltou: "Seus piratas malditos!!". Agora é só embarcar e saquear ouvidos por aí.

Hey Hey Hey, apelo infantil.

Logo em seguida Surgiram os "palhaços" da HEY HEY HEY, muito bem ensaiados e apresentando músicas novas logo no começo da apresentçaõ. Em "O expresso" a banda regride um pouco na sonoridade, revisitando os tempos da FABRICA, mas sem deixar de lado o requinte que progressivamente eles veem conquistando. Seguem com a "Nem tudo que vem de você é barulho" que, na minha opinião, é como uma despedida do som antigo que eles faziam unida a um amalgama das soniridades de diversas músicas do tempo "fabricado".

Estou me tornando um profissional em assistir shows da hey hey hey, mas a piadinha do troca-troca foi infame. Sempre há a troca de instrumentos, Neila passa do baixo pro teclado e Fiorelo deixa a guitarra e vai pro baixo, então é hora de ouvir aqueles "sonszinhos" de brinquedo esquisitoe e as com apelo mais eletrônico. Embora o som do local não colaborasse muito a apresentação correu bem e ainda teve um bônus com um inesperado cover de "I'm only sleeping" dos Beatles, tocada assim só guitarra e bateria com um baixo lá atrás bem baixinho. Aproveitando o evento foram vendidos Cd's do Ep (ou single, ou compacto...) Pequeno Monstro por apenas um real, fato que irá se repetir no Festival Casarão.

HEY Hey hey, coloridos com apelo eletrônico



por luiz antonio

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sangrar junto, e agora. #12


Nas diversas participações que tive em movimentos culturais algumas coisas me deixaram com dúvidas ou com uma pulga do tamanho de uma vaca atrás da orelha. Qual o verdadeiro interesse por de trás dessas organizações? o que leva jovens a se unirem e porpagar sua produção e também a usar outras causas como um requinte de seu engajamento?


Muitas vezes a coesão do grupo e das suas propostas pode fazer mais do que projetos megalomaníacos ou verbas infinitas. Exemplo disso é a movimentação acontecida aqui, as bandas e tudo mais. Mas sempre, sempre há quem quer a glória pela glória, o estatus fácil e um tanto superficial. Mais do que nunca tem-se percebido que os acontecimentos, as conquistas, são feitos pela união e pela intrincada rede de trabalho dos grupos, mas ainda há que m quer de todo modo parecer um salvador, um messias.


Sangrar junto, e agora. o grupo só funcionará quando todos sangrarem juntos, em sentido figurado, lógico. Enquanto um achar que sua banda é melhor, que suas idéias forem melhores ou que o estilo visual que se atacha é o mais moderno. Se não sangrarmos juntos...


A construção e a evolução de um "pedaço" cultural só pode se dar em um hambiente de diálogo, seja ele conflituoso ou harmonioso. Estamos em uma cidade cheia de deuses e intocáveis artistas vanguardistas. Pode parecer psicologia barata, mas desçam de seus pedestais e venham sangrar, ou então se iludam na sua magnífica imobilidade. Por enquanto não perca sua oportunidade...
Não se quebram mais os paradigmas e as metodologias, se não sangrarmos juntos o que será?
por luiz antonio

terça-feira, 1 de abril de 2008

Viva o CD, viva! #11



Mais uma falta da cena de PHV: Os cds gente, os cds! Onde estão? É certo que existem ótimas bandas e músicas, e músicos, bons, mas só tocar 'ao vivo' não basta. Me lembro da sensação que tive em 2006, quando fiz parte do projeto Boca de Lobo, cheguei em uma festa e então uma banda começou a tocar uma música que eu conhecia da coletânea que fizemos. Foi uma das melhores coisas dentro de poucos prazeres musicas. Coloco à parte a analise de qualidade musical ou criatividade, isso é um outro assunto. Foi um momento único, eu conheci e reconheci a música o que me deu uma outra possibilidade para a noite.


Primeiro porque eu não precisaria me concentrar em estar recebendo informação nova, eu já conhecia aquelas músicas e tinha (mais ou menos) uma opinião sobre elas. Já não perderia o calor da festa, da presença de muitos amigos e da agitação desse meio tentando digerir e compreender algo novo. Pois que foi assim que passei muitas vezes ao conhecer pela primeira vez muitas e muitas bandas daqui, que deixam para mostrar sua criação apenas ao vivo. Não é difícil perceber que muito dessa galera acha, ou se ilude, ainda com a velha história disseminada pelas lendas do roque; aquela que diz “ó, estávamos tocando, assim sem compromisso, e um grande empresário gostou da gente. Nos gravou, produziu e agora estamos aqui ...”. talvez não tenham percebido que estamos mudando para uma nova ordem das coisas, da arte até das instituições mais básicas, ou seja: NINGUEM MAIS VAI SER DESCOBERTO.


Segundo, não vemos mais cd’s, não compramos mais cd’s, mas eles a existem e no meio de um tempo em que tudo passou a ser virtual e disseminado em massa passam a ter uma importância cada vez maior, embora em uma menor “escala”. Com esse pequeno disco de plástico você dá existência e um carisma, mínimo que seja, para sua banda. Cativando a um público, ainda que restrito, confere-se uma certa substancialidade que vai além da divulgação da internet. Se a intenção dos músicos é se tornar produto junto com sua música, nada mais óbvio e necessário que a criação desse primeiro produto, dessa pequena objetificação da criação. É certo que encontramos mil e três dificuldades, desde a gravação até a distribuição. Mas isso não é motivo para desistência.


Então, pegue um pc qualquer, junte uns equipamentos e comece a gravar queridinho, ou então espere o dono da EMI...
Por LUIZ ANTONIO