Kórum, a pesada pirataria.
Não vou fazer aqui uma análise da festa Fantasiando a História II, promovida pelo Ca de história da UNIR. Quero apenas apresentar minha opnião sobre a apresentação de duas bandas; a Kórum e a HEY HEY HEY.
A kórum, que não sei quem são os integrantes todos, tem uma longa e tortuosa história. Com alguns anos de existem tem se apresentado pouco, mas sempre mostrando faces diferentes de seu som. Acho que a primeira vez que os assisti foi em 2006 no Mini festival Beradeiros, evento que foi como um concurso pelo qual se selecionaram bandas para o festival daquele ano. Ainda eram um power trio e o som que tocaram na ocasião era uma mistura de legião, nirvana e pearl jam, com vocais fortes e guitarras simples. Não se classificaram, talvez pelo preconceito do público para com a musicalidade leve e pop. Agora, alguns anos depois eles colocaram mais uma guitarra, essa muito mais pesada e suja, e incrementaram o instrumental com uma verve setentista. Justo por isso, como o novo e bem colocado guitarrista, a banda caiu (dentro) na minha preferência.
Mas isso não quer dizer que o caminho esteja terminado, na festa ocorrida ontem assisti pelo primeira vez a Kórum com a nova cara. Ainda parecem novos no palco, com um tom jovem e a sonoridade mais agressiva fizeram releituras das musicas próprias antigas, tornando-as mais "rock'n'roll" encaixaram covers dos 70's e brasileiros. Uma falta deles foi saber conduzir e encaixar as músicas numa seguência, em certos momentos ficou meio vago e monótono, mas isso só mostra que eles tem potencial, pois logo vinha uma porrada. Os piratas tocaram num bom momento da festa, conseguiram levar o público e mostrar sua mensagem. "somos todos" respondeu o vocalista Nildo quando alquém na platéia soltou: "Seus piratas malditos!!". Agora é só embarcar e saquear ouvidos por aí.
Hey Hey Hey, apelo infantil.
Logo em seguida Surgiram os "palhaços" da HEY HEY HEY, muito bem ensaiados e apresentando músicas novas logo no começo da apresentçaõ. Em "O expresso" a banda regride um pouco na sonoridade, revisitando os tempos da FABRICA, mas sem deixar de lado o requinte que progressivamente eles veem conquistando. Seguem com a "Nem tudo que vem de você é barulho" que, na minha opinião, é como uma despedida do som antigo que eles faziam unida a um amalgama das soniridades de diversas músicas do tempo "fabricado".
Estou me tornando um profissional em assistir shows da hey hey hey, mas a piadinha do troca-troca foi infame. Sempre há a troca de instrumentos, Neila passa do baixo pro teclado e Fiorelo deixa a guitarra e vai pro baixo, então é hora de ouvir aqueles "sonszinhos" de brinquedo esquisitoe e as com apelo mais eletrônico. Embora o som do local não colaborasse muito a apresentação correu bem e ainda teve um bônus com um inesperado cover de "I'm only sleeping" dos Beatles, tocada assim só guitarra e bateria com um baixo lá atrás bem baixinho. Aproveitando o evento foram vendidos Cd's do Ep (ou single, ou compacto...) Pequeno Monstro por apenas um real, fato que irá se repetir no Festival Casarão.
HEY Hey hey, coloridos com apelo eletrônico
por luiz antonio