Atuação: cidade de Niterói , uma das fora do eixo no estado do rio. Começou aos 18 anos como jornalista com um fan zine, depois promotor de eventos e cartunista, hoje faz um programa de rádio, colabora com vários jornais e o principal é que ele é coordenador do araribóia Rock. Coletivo que reúne as cidades “do outro lado” da baía de guanabara, iniciado originalmente em niterói, agora abrange outras cidades da região, congrega mais de 200 bandas e tem como fito conseguir mais espaço e apoio do poder público e da iniciativa privada. Que foi uma das principais discussões da mesa a luta contra a exclusividade dos investimentos das empresas nas capitais. Conseguindo várias conquistas, além de um festival, realização de eventos quase todas as semanas, uma coletânea que sairá por um selo da prefeitura de niterói e também um dia municipal do rock realizado na data de fundação do araribóia, coisa que poucas cidades têm no Brasil. Também Pedro está acabando de escrever um livro que será publicado também pela prefeitura.
Luiz Cochi: qual você acha que é a importância, o papel das casas de eventos para as cenas locais? Vocês do arariboia tem uma sede?
De Luna: nosso maior sonho , hoje, é ter essa sede, que não seria apenas uma casa de shows, mas um escritório, um centro de convivência, com biblioteca, “cdteca’. As pessoas conversando tudo cresceria. Mas já que não conseguimos ter uma sede própria estamos ocupando espaços públicos principalmente por que as casas voltadas para músicas não duram muito ou mudam de estética. Nossa linha de atuação é essa, nossa forma de protestar é ocupar praças, uma praça em especial a Getúlio Vargas que tem um cinema e que querem construir um prédio no local e nós queremos tombar o imóvel. Então toda ultima sexta feira do mês nós realizamos eventos abertos com intervenção de vários artistas. Esse tipo de espaço trás algumas facilidades como censura livre, e gratuidade, mas quem financiaria isso seria o poder publico. Hoje é essa a nossa luta.
As artes devem também ser integradas, sempre sugiro que se coloquem outras artes nos eventos. Vai sair uma tirinha do meu personagem em que ele está assistindo um show da coveiros em Rondônia, coveiros é um nome legal, não ouvi ainda mas acho que vai ser legal. Veja que outras mídias podem se alternar. Imagine uma exposição em que um artista plástico sonorize seu ambiente com as musicas de uma banda independente ou então nos intervalos de um festival serem apresentadas peças de teatro. Ou mesmo outras como poesia.
Tem um movimento lá no Rio de Janeiro chamado Arte Jovem Brasileira que consegue bem mais fácil essa integração. Justamente por não ter essa delimitação de movimento rock.
De luna e a exposição do Bzão, personagem que vive uma vida "alternativa"
Luiz Cochi: você acha que a cena musical independente vai ser absorvida pelas grandes empresas?
De Luna: é uma coisa que divide muitas opiniões. Veja, por mais que você seja idealista, romântico tudo isso, chega hora que você não é mais um garoto, que você tem contas pra pagar. É fácil quando sua família tem uma boa condição ou você tem um puta emprego. Mas acho que você pode ser independente e ser economicamente “dependente”. Isso é até necessário. Mas o importante é ser esteticamente livre, você não vai colocar a banda do filho do cara que financia. Eu me dedicava a um jornal, vendido em banca, Jornal do Rock, por dois anos e que eu amava de paixão, um jornal bom e super-conhecido. Mas não dava retorno, eu pagava minhas contas com outro emprego. O financiamento é essencial e outras alternativas.
Luiz Cochi: Sei que você é um adepto das mídias analógicas em contrapontro a digital, você acha que elas podem coexistir?
De Luna: Elas devem coexistir, existem algumas facilidades, mas eu não abro mão de uma revista ou de um cd. Realmente um I-pod é muito mais confortável que um discman, mas existe todo aquele ritual de se ouvir um cd, a capa, o encarte tal. Existem facilidades mas ambas devem existir, sou a favor de existir tudo.
Sites recomendados por pedro de luna:
arariboiarock.com.br (site do movimento arariboia)
venenosafm.com.br (radio em que atua ao lado do rodrigo Lariu
punknet.com.br (onde ele tem uma coluna)
sk8.com.br (site de skate totalmente independente)
Foi bom também o ambientye de discussão, não bate boca ou barraco como acontece por aqui, mas de troca de idéias, visões e experiencias. A equipe do beradeiros trabalhou na comunicação elaborando textos para o portal fora do eixo http://www.foradoeixo.org.br/ destes alguns são meus, contando ainda com a colaboração da Rebeca Barca, Nettu Regert e parceiros do C. A. de história da UNIR. Seguem as coberturas dos dias do festival:
http://www.foradoeixo.org.br/ver.php?noticia&id=147
http://www.foradoeixo.org.br/ver.php?noticia&id=148
http://www.foradoeixo.org.br /ver.php?noticia&id=149
Nettu Regert, de Vilhena, entrevista a Sucodinois, de Porto Velho
Há também analises mais profundas, feitas pelo Urbanaque, dirigido pelos irmãos Dias, http://www.urbanaque.com.br/conteudo_musica121.asp. A presença do pessoal da Escarnio e Osso, que homenagearam a ciadade com música homonima, http://www.escarnio.com.br/.
Os elogios de Pablo Capilé para a HEY HEY HEY! http://www.foradoeixo.org.br/pablocapile/.
E as opniões oportunas de Vinicius Lemos, idealizador atual mago da cena em PVH, http://www.foradoeixo.org.br/viniciuslemos/.
2 comentários:
CAra, acho que vc tava se referindo a mim no blog do grito. Me add no msn pra trocar idéias, velho. helder.jr.ac@hotmail.com
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