sábado, 9 de fevereiro de 2008

Grito do Rock "Acre" #3




Rio Branco AC


O Acre tem se mostrado como uma grande casa de novas bandas, muitas delas boas, mas mesmo assim continuo achando que o público ainda é menor que o de Porto Velho. Consideremos que Rio Branco é bem menor que a capital de Rondônia. Ainda que empolgado com as apresentações da quinta-feira, primeiro dia do Grito, consegui me atrasar para a sexta, tanto que só assisti a SOMOS, que já conhecia do Festival Beradeiros 2007. Mas um ponto me alegrou nessa parte, segundo comentários que ouvi a maior parte das apresentações desse dia foram de bandas de Metal, então, como pouco ou nada entendo desse estilo não tenho o que lamentar. Além do mais, bandas de metal me parecem todas iguais, perdoem minha ignorância.

Logo no primeiro dia perdi a primeira banda (Parafal) devido a minha total ignorância quanto ao fuso-horário, tanmbém chegeui ao final da última música da banda subseguente, por isso não vou escrever sobre estas para não ser falso.

A, minha, primeira banda da primeira noite foi a Dona Chica apresentando um reggae com influências de bandas já consagradas no brasil nesse estilo. É inevitável compará-los com nomes como Rappa ou Natiruts, e lógico, a enorme estampa de uma imagem do Bob Marley na camisa do vocalista deixa tudo às claras. Como muitas das bandas do Acre havia uma garota no grupo, a melhor baixista que já vi tocar, entusiasmada, concentrada além de bonita e e possuidora de uma ótima presença de palco. Tanta admiração por ela me rendeu uma briga com minha namorada.

Depois veio a Capuccino Jack, que eu Adorei. Simples e hamoniosa, mostrando que sentimentalismo não precisa ser piegas. A apresentação deixou a todos satisfeitos pois a banda tem postura de palco e canções fortes, dentro do estilo deles, para comandar uma ótima apresentação. São vários pequenos detalhes que me cativaram, do baixista descontraído ao visual e expressão do front man que muito me lembravam Ian Curtis e Renatos Russo, os garotos são bons. http://coletivocatraia.blogspot.com/2007/12/capuccino-jack.html
Então foi a vez da Calango Smith apresentou um rock bem convencional com as velhas misturas que tanto conhecemos, não os assisti da frente do palco mas de onde eu estava podia ouvir nitidamente o som. Enquanto se preparavem vi que tinham um visial bem diferente e uma menina entre seus integrantes também. Som dentro dos comformes e bem esnasiados, se eu não estivesse muito ocupado eu os teria assistido de perto.

A MARLTON realmente me deixou um tanto encabulado, de onde eu estava não os pude ver entrar no palco, mas pelas duas primeiras músicas pude jurar que eram metaleiros convencionais, mesmo, sem preconceito, eu ouvi o velho e "bom" metal. Mas a terceira música era meio que hardcore puxudo prum charlie brown jr, depois, quando eu estava no meio da platéia eles metem um super inusitado cover do Foo Fighters, the best of you, certinha, sem erros fantástica. depois fizeram uma saidera com uma outra de suas músicas que voltava ao início. De fato me deixaram sem ter o que dizer, nem o que pensar, SIM!, eles são bons, mas me senti meio que perdido no meio daquilo.

A Blush Azul quase afundou o flutuante, com um público já consolidado na cidade eles (ou elas) juntaram o maior público da noite. Seja pelo baixo firme com sua sorridente dona ou pela bateria bem estrutura e longe de clichês o conjunto conseguiu manter uma apresentação consistente em que imperou o entrosamento entre os integrantes e músicas perfeitamente executadas. Quebraram um dos meus principais paradigmas, sempre acreditei que “elas” no comando de uma banda nunca me satisfariam, mas descobri estar redondamente enganado. Sempre vi mulheres em bandas como um ingrediente que ia muito mais para o lado “Vejam como não sou machista” e Blush Azul me mostrou, mesmo eu tendo ouvido zilhões de comentários desfavoráveis de pessoas que as haviam visto a cerca de um ano, que com persistência e experiência homens e mulheres, ou seja lá que for, podem fazer música boa.

A HeyHeyHey! Em sua primeira apresentação fora do seu estado de origem lançaram seu segundo single Pequeno Monstro, que estou ouvindo e achei fantástico,fecharam a noite e conquistaram muitos ouvidos por lá. Eu que já os conheço há bastante tempo não pude deixar de notar o nervosismo deles e alguns erros microscópicos, imperceptíveis para o público novo, mas bem claros para mim que mesmo assim não mancharam a apresentação dos caras que estão em sua melhor forma agora.






No segundo dia do evento não pude chegar a tempo pois tive um problema sério, perdi quase todas as bandas devido a uma infecção intestinal chegoi a tempo apenas de assistir a última banda. SOMOS que se apresentou muito bem e mostrando suas já famosas garrafinhas de bebidas etílicas, tocram musicas do primeiro cd e as, ótimas, músicas do Ep da Vaquinha. Como em todo final de show eles fazem uma enorme improvisação convidando todos os músicos presentes. Entre frases evocadas por Diogo (los Porongas) e a viajem Blues de Saulinho (Camundogs) a noite terminou com uma enorme onda de som num verdadeiro carnaval sobre o palco.
por Luiz Antonio

Um comentário:

Anônimo disse...

houve sim um equivoco. Na primeira noite do Grito do Rock Acre a Banda Parafal não foi a primeira e nem a ultima desse dia. Essa banda tocou no segundo dia depois da Banda Dona Xica por causa de uma troca entre banda que queriam tocar no primeiro dia por motivos pessoais. Então caro editor(a), que bola fora essa sua, a melhor banda da noite, sem dúvidas.